terça-feira, 30 de junho de 2020

Paulo e Pedro, dois apóstolos profetas


Paulo e Pedro, dois apóstolos profetas. Por Gilvander Luís Moreira[1]


Apóstolos Pedro e Paulo, colunas da Igreja. Divulgação / www.vaticannews.va 
29 de junho é dia da festa dos apóstolos Paulo e Pedro, dois grandes pilares e bússolas do cristianismo e também tempo propício para refletir sobre o legado espiritual-profético que eles nos deixaram. Os dois se identificaram totalmente com o projeto do evangelho de Jesus Cristo, seguindo o mestre radicalmente, orientados pela Boa Notícia que o Galileu anunciava aos pobres. Pedro e Paulo terminaram a missão martirizados, segundo a tradição da Igreja. No movimento de Jesus após a ressurreição, estavam acontecendo tensões que poderiam levar a separações. Uns diziam: “Eu sou de Paulo”; ou “eu sou de Apolo”;  ou “eu sou de Pedro”; ou ainda “Eu sou de Cristo” (I Coríntios 1,12). Na Bíblia, no livro de Atos dos Apóstolos, é possível descobrirmos uma paulinização de Pedro e uma petrinização de Paulo. Ou seja, para o evangelista Lucas, autor também do livro Atos dos Apóstolos, não é bom que aconteça divisão e nem cisma entre as várias tendências de evangelização. A unidade verdadeira pressupõe a diversidade e não a anula. Para Lucas, Pedro e Paulo são apóstolos dos judeus e dos gentios.
Segundo Atos dos Apóstolos, foi Pedro quem fez o primeiro discurso após o primeiro Pentecostes (At 2,1-13), um discurso profético e corajoso (Cf. At 2,14-36), no qual Pedro denuncia de forma altaneira: “Vocês, autoridades, mataram Jesus, mas Deus o ressuscitou!” (At 2,23-24). Pedro teve a grandeza de sair de Jerusalém – a Igreja mãe – e ir conviver com comunidades consideradas impuras, heréticas, no meio dos excluídos (Cf. At 9,32-43). A convivência com os pobres se tornou a base do processo de conversão de Pedro, que o habilitou a experimentar o Espírito do Deus da vida atuando no meio dos gentios, tal como acontecia entre os cristãos (Cf. At 10,1-11,18). Memorável também foi a participação do apóstolo Pedro no Concílio de Jerusalém, por volta dos anos 49/50 do primeiro século da era cristã, em que, ao lado de Barnabé e Paulo, lutou pela abolição da lei da circuncisão, que tinha se transformado em um insuportável fardo para os cristãos oriundos do meio dos estrangeiros.
Em At 20,17-38 está um discurso do Apóstolo Paulo aos presbíteros, ou seja, aos “anciãos” que eram os coordenadores das primeiras comunidades cristãs. "Presbíteros" eram apóstolos? Profetas? Mestres? Ou ...? Essas são questões que nos levam a discutir a diversidade de dons nas primeiras comunidades cristãs. Em At 20,28 os presbíteros da comunidade cristã de Éfeso são chamados de “epíscopos”, cuja função pastoral é a de vigiar e conduzir a comunidade. Epíscopo é um título grego que significa “supervisor”; aquele que tem a responsabilidade de acompanhar o desenvolvimento da comunidade para cuidar do seu vínculo com o espírito original e da sua sintonia com os critérios de continuidade. Ainda não há aqui a noção de sucessão apostólica, pois o apóstolo Paulo não os apresenta como os seus sucessores, mas como pessoas encarregadas pelo Espírito Santo de manter as comunidades no bom caminho.
No tempo de Paulo não existia a diferença entre clero e leigos. Havia, sim, uma variedade, não orgânica de carismas, como apóstolos, profetas e mestres (At 13,1), evangelistas (Filipe: At 21,8), profetisas (as filhas de Filipe: At 21,9) etc. Os presbíteros são simplesmente os animadores de comunidades; nunca são chamados de "sacerdotes" no Segundo Testamento. Nas cartas paulinas constatamos que no seio das comunidades há uma diversidade de dons que deve ser articulada pelo cimento que é a solidariedade. Isso é ótimo, pois o Espírito não se deixa encurralar e não aceita ser engaiolado; sopra aonde quer, para onde quer, é livre, liberta e tem sede de liberdade. Paulo reitera diversas vezes: "Não percam a liberdade cristã!" (2 Cor 3,17). "Não entristeçam o Espírito Santo!" (Efésios 4,30). O apóstolo Paulo percebeu que existia nas comunidades uma dificuldade de conviver de modo sadio com a diversidade de dons. Paulo pontua bem esta multiplicidade de dons recordando que existe uma ordem de importância. A comunidade cristã não pode cair no subjetivismo e nem no relativismo de "tudo é igual a tudo", ou no "devemos respeitar tudo".
No capítulo doze da I Carta aos Coríntios, Paulo trata da diversidade de dons. Ele pontua que em primeiro lugar estão os apóstolos, e o termo deve ser entendido no seu sentido original e etimológico: apóstolo/a é aquele/a que é enviado/a por Deus, é um/a missionário/a, um porta voz de uma mensagem do Deus solidário e libertador. Na época descrita por Atos dos Apóstolos, época das primeiras igrejas, antes do processo de institucionalização (hierarquização), o termo "apóstolo" não significa um título que dá status, só adquirindo esta conotação mais tarde, depois do processo de hierarquização das igrejas, o que amordaçou a vitalidade do dinamismo profético inicial.
Em segundo lugar estão os profetas. A palavra "profeta" vem do verbo pro-ferir, que significa falar por antecipação. Etimologicamente a palavra "profeta" significa "aquele que profere uma mensagem em nome de Deus". O profeta escuta o Oráculo de Deus. A palavra "oráculo", em hebraico, significa "sussurro, cochicho, de Deus no ouvido do profeta ou da profetisa". Para entender um cochicho, um sussurro, é preciso fazer silêncio, prestar muita atenção, estar em sintonia, ter proximidade, ser amigo etc. Portanto, Deus não falava claramente aos profetas, como nós, muitas vezes pensamos que falava. Do mesmo modo que falava aos profetas e profetisas Deus fala hoje a nós. Deus cochicha (sussurra) em nossos ouvidos a partir da realidade dos empobrecidos e superexplorados. Precisamos colocar nossos ouvidos e nosso coração pertinho do coração dos pisados para que possamos escutar Deus. Mais do que fazer cursos de oratória, precisamos de cursos de escutatória. Para ouvir os clamores mais profundos dos violentados é necessário conviver com eles.
Em terceiro lugar vêm os mestres, aqueles que devem ensinar a verdadeira mensagem de Jesus. Ensinar pelo testemunho e, de preferência, por meio da pedagogia da maiêutica: conversando, dialogando e assim ajudando os outros a parir ideias e práxis libertadoras. Lá no final da escala vem o dom das línguas (cf. I Cor 12,28).
Em I Cor 13,1-13, Paulo faz um elogio do amor para nos mostrar que relações de amor é que devem ser a coluna mestra da vida das comunidades e Igrejas. Paulo nos alerta: "Desejem os dons do Espírito, principalmente a profecia, pois quem profetiza fala às pessoas, é entendido, edifica, exorta e consola a comunidade. Aquele que profetiza é maior do que aquele que fala em línguas. Quem fala em línguas edifica somente a si mesmo, fala só a Deus” (cf. I Cor 14,1-6). Em I Cor 14,19 o apóstolo Paulo afirma: “Numa assembléia, prefiro dizer cinco palavras com a minha inteligência para instruir também os outros, a dizer dez mil palavras em línguas”.
Paulo e seus companheiros fundam e desenvolvem comunidades proféticas a partir da ação do Espírito. Quase todas as vezes que na Bíblia fala que "desceu o Espírito de Deus sobre..." diz também que os atingidos pelo Espírito de Deus começam a profetizar (cf. Nm 11,29; At 19,4-6). A profecia é uma consequência direta da ação do Espírito. Logo, um bom critério para saber se estamos vivendo uma verdadeira experiência no Espírito de Deus é nos perguntar: “Estamos nos tornando mais profetas ou profetizas?” Se a maioria das pessoas que diz falar em línguas fossem também profetas e profetizas, teríamos um maior número de mártires e talvez o Brasil já estaria transfigurado por causa de tanta profecia. Mas como há um exagero de “falar em línguas” e de propostas religiosas intimistas, dualistas, moralistas e fundamentalistas, a profecia cristã está em baixa e, por isso, os fascistas e os exploradores nos mundos da política, da economia e da religião estão reproduzindo uma necropolítica que mata de mil formas.
Enfim, Pedro e Paulo foram apóstolos profetas, não apenas divulgaram o ensinamento de Jesus Cristo, mas testemunharam até o martírio boas notícias aos empobrecidos, que são péssimas notícias para os opressores[2].

30/6/2020.

Obs.: Os vídeos nos links, abaixo, ilustram o assunto tratado acima.
1 - Sr. Luiz Estevão, camponês benzedor. Assentamento Padre Jésus, 46 anos de Festa São Pedro. Vídeo 7

2 - Na Missa de 7o dia de Alvimar da CPT, na igreja de São Pedro/Montes Claros, 25/08/2016

3 - Mártires de Unaí/MG: relato emocionante por Pedro Paulo Martins, SINAIT/RJ, 23/02/2016

4 - Frei Carlos Mesters/ Atos dos Apóstolos 15,22-31: O Primeiro Concílio Ecumênico realizado/ 15/5/2020

5 - Padre Antônio Amorst, 85 anos, profeta de Deus no Vale do Rio Doce, MG. Parte II - 11/9/2019

6 - Tributo ao Padre Ernesto: Um Profeta no meio do Povo - 27/7/2019





[1] Frei e padre carmelita; doutor em Educação pela FAE/UFMG; mestre em Exegese Bíblica; assessor da CPT, CEBI, SAB, CEBs e de Movimentos Populares Socioambientais; e-mail: gilvanderlm@gmail.comwww.gilvander.org.brwww.freigilvander.blogspot.com - www.twitter.com/gilvanderluis - facebook: gilvander.moreira
[2] Gratidão à Carmem Imaculada de Brito, doutora em Sociologia Política pela UENF, que fez a revisão deste texto.


quarta-feira, 24 de junho de 2020

Padre Sandoval Rocha alerta sobre o PL 41262 no Senado PRIVATIZAÇÃO da Água é injustiça.

Padre Sandoval Rocha alerta sobre o PL 41262 no Senado PRIVATIZAÇÃO da Água é injustiça. 23/6/2020.



O Senado abriu Consulta Pública para o PL 4162/2019, que privatiza a água e o saneamento: #DigaNÃOaoPL4162 e defenda o direito à água para todos!!! Vote NÃO!!! ❌❌❌ Acesse o link para votar: 👇 https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=140534
#ÁguaNãoÉMercadoria #PrivatizarNÃO #ÁguaÉDireito #FNU - Federação Nacional dos Urbanitários.
 Áudio do Padre Sandoval Rocha. Ele fez sua tese doutoral na PUC- Rio sobre a privatização da água em Manaus, AM. Peço o favor que seja divulgado o áudio em forma de vídeo.


Videorreportagem de frei Gilvander Moreira da CPT, das CEBs, do CEBI e do SAB. *Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos. #FreiGilvander #NaLutaPorDireitos #PalavrasDeFéComFreiGilvander #PalavraÉticaComFreiGilvanderMoreira

terça-feira, 23 de junho de 2020

Papa Francisco: injustiça socioambiental fere a dignidade da vida


Papa Francisco: injustiça socioambiental fere a dignidade da vida
Por Gilvander Moreira[1]



Na perspectiva dos Movimentos Sociais transformadores, são inaceitáveis os discursos e as práticas que afirmam: “precisamos conciliar desenvolvimento com preservação ambiental”, “urge adequar os projetos econômicos mitigando os impactos socioambientais”, “temos que adequar os grandes projetos dentro das normas ambientais”. Isso é uma mentira. Busca-se dourar a pílula, criando uma fachada de preocupação socioambiental para viabilizar a continuidade da máquina de moer vidas que é o sistema do capital. As megaempresas capitalistas são geridas por executivos que, amarrados no mastro do navio, ouvem e se deleitam com o canto da sereia do capital. De outro lado, seguem os trabalhadores amarrados, (em)pregados em seus postos de trabalho, sem ter outra alternativa de vida, sustentando “uma economia que mata” – expressão do papa Francisco -, um sistema que tritura vidas a troco de quase nada. Às vezes, sem saber, imerso na ideologia dominante, o capitalista se torna um opressor como Ulisses amarrado no mastro do navio, conforme o canto XII da Odisseia de Homero: saboreia a sedução do canto das sereias, mas, amarrado no mastro, não pode impedir a engrenagem que o sustenta. Quanto mais o capitalista acumula riquezas, tanto mais é impelido a acumular, gerando consequentemente miséria crescente para a classe trabalhadora e para o campesinato e causando uma imensa devastação ambiental.
Na Encíclica Laudato Si’, o papa Francisco afirma: “A contínua aceleração das mudanças na humanidade e no planeta junta-se, hoje, à intensificação dos ritmos de vida e trabalho” (n. 18). O produtivismo, o trabalho por metas, a intensificação do ritmo de modo a produzir o mais rápido possível, a terceirização e a precarização das condições de trabalho estão desumanizando milhões de pessoas. Aumenta-se assustadoramente o número de adoecimentos por trabalho extenuante. O papa Francisco põe o dedo na ferida: “A poluição afeta a todos, causada pelo transporte, pela fumaça da indústria, pelas descargas de substâncias que contribuem para a acidificação do solo e da água, pelos fertilizantes, inseticidas, fungicidas, pesticidas e agrotóxicos em geral [...]. A tecnologia, ligada à finança, é incapaz de ver o mistério das múltiplas reações que existem entre as coisas e, por isso, às vezes resolve um problema criando outros” (Laudato Si’, n. 20).
Não é apenas uma questão de incapacidade. A tecnologia não é neutra. Ela está, salvo exceções, subserviente aos interesses dos grandes conglomerados econômicos. Logo, a raiz reside no capital que usa a tecnologia para superexplorar a dignidade da pessoa humana e toda a biodiversidade. A tecnologia resolve um problema, mas cria outras grades, que prenderão muita gente. Os defensores da “sociedade de mercado” exaltam o crescimento econômico com constante aumento da produção de mercadorias, como se isso fosse o caminho para a felicidade de todos/as. O papa Francisco mostra o que é escondido. Diz ele: “produzem-se anualmente centenas de milhões de toneladas de resíduos altamente tóxicos e radioativos. A Terra, nossa casa única e comum, parece transformar-se cada vez mais em um imenso depósito de lixo” (Laudato Si’ n. 21). Ora, quanto mais o capitalismo se desenvolve, mais concentra riquezas e devasta socioambientalmente o Planeta.
Urge superar a cultura do descartável, construindo uma sociedade sustentável. Francisco alerta que é preciso limitar o uso de bens naturais: “Ainda não se conseguiu adotar um modelo circular de produção que assegure recursos para todos/as e para as gerações futuras e que exige limitar, o mais possível, o uso dos bens não renováveis” (Laudato Si’ n. 22). Precisamos desacelerar o crescimento econômico capitalista, máquina de moer vidas, até paralisá-lo. É hora de admirar e respeitar nossa Casa Comum e todos os seus bens naturais, que não são apenas “recursos naturais”, assim vistos quando reduzidos ao aspecto estritamente econômico.
Com assessoria de cientistas idôneos, o papa Francisco analisa as mudanças climáticas e outras questões conexas. Diz ele: “Estamos perante um preocupante aquecimento do sistema climático [...] devido a alta concentração de gases com efeito de estufa (anidrido carbônico, metano, óxido de azoto e outros) (n. 23) [...]. O aquecimento influi no ciclo do carbono. Cria um ciclo vicioso que agrava ainda mais a situação e que incidirá sobre a disponibilidade de bens essenciais como a água potável [...]. A perda das florestas tropicais piora a situação, pois estas ajudam a mitigar a mudança climática [...].  A subida do nível do mar pode criar situações de extrema gravidade, se se considerar que um quarto da população mundial vive à beira-mar” (Laudato Si’ n. 24). Que bom que o papa Francisco ecoe esses alertas que vêm sendo feitos por milhares de cientistas e experimentados por bilhões de pessoas no próprio corpo mundo afora!
Está ocorrendo um aumento assustador não apenas de impactos negativos, mas de devastação ambiental. Os atingidos por grandes projetos de mineração, de barragens e de hidrelétricas não são apenas afetados, mas pisados, violentados e massacrados. Os projetos de energia eólica, considerada como energia limpa, estão causando impactos socioambientais irreversíveis em vários estados do Nordeste brasileiro. Escondendo-se por detrás da capa de “combustível limpo”, as grandes empresas da monocultura de cana-de-açúcar devastam biomas, submetem milhares de pessoas a trabalho exaustivo, dizimam nascentes e agridem a saúde de milhões de pessoas com as nuvens de fumaça e fuligem dos canaviais invadindo as cidades e provocando o aumento e agravamento de doenças respiratórias, entre outras consequências negativas.
Anima-nos muito na luta ver o papa Francisco se posicionar, denunciando a privatização das águas e a restrição do seu acesso aos empobrecidos. Diz em alto em bom tom, Francisco: “Enquanto a qualidade da água disponível piora constantemente, em alguns lugares cresce a tendência para se privatizar esse recurso escasso, tornando-se uma mercadoria sujeita às leis do mercado divinizado. Na realidade, o acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição para o exercício dos outros direitos humanos. Este mundo tem uma grave dívida social para com os pobres que não têm acesso à água potável, porque isto é negar-lhes o direito à vida radicado na sua dignidade inalienável” (Laudato Si’ n. 30).
Vários movimentos sociais e ambientais denunciam constantemente a destruição dos nossos biomas: o Cerrado, a Amazônia, o Pantanal, os Pampas, a Caatinga e a Mata Atlântica, com a consequente perda de biodiversidade. Francisco também assume esta causa com vigor: “A perda de florestas e bosques implica simultaneamente a perda de espécies que poderiam constituir, no futuro, recursos extremamente importantes não só para a alimentação, mas também para a cura de doenças e vários serviços” (n. 32). “Anualmente, desaparecem milhares de espécies vegetais e animais” (Laudato Si’ n. 33).
Há um problema que está na luta cotidiana dos movimentos sociais e que o papa abordou com clareza: os estudos de impactos ambientais dos grandes projetos de interesse do capital, realizados pelas empresas, geralmente são “para inglês ver”. Subestimam drasticamente os impactos sociais, econômicos e ambientais negativos que acontecerão e exaltam os pretensos benefícios “sociais”. Os critérios definidos para identificar as comunidades direta e indiretamente afetadas são questionáveis e, normalmente são desconsideradas muitas pessoas atingidas sob a cantilena mentirosa que se repete à exaustão: “geraremos muitos empregos e promoveremos desenvolvimento da região”. Dizem, mas não é assim que acontece. Todos nós somos afetados de alguma maneira pelos impactos socioambientais negativos dos grandes projetos econômicos[2]. 

23/6/2020.

Obs.: Os vídeos nos links, abaixo, ilustram o assunto tratado acima.
1 - Na Câmara de Vereadores de Ibirité, MG, Dom Vicente e ambientalistas na defesa das águas. Vídeo 10



2 - Em marcha por justiça social, agrária e ambiental/XXI Romaria/Águas/Terra/MG/Lagoa da Prata/16/9/18



3 - Farsa do licenciamento ambiental da empresa ECOVITAL em Sarzedo, MG. Basta de poluição. Vídeo 8 - 09/7/2019.



4 - Profa. Dra. Andréa Zhouri, da UFMG: "Rompimento de barragens acontece por falha da governança ambiental." 26/1/2019.



5 - “Licenciamento ambiental decente é necessário”/Professor Dr. Klemens/UFMG/ Vídeo 2 – 26/1/2019.


6 - Crime ambiental na Fazenda Casa Grande/Esmeraldas/MG: Denúncia do MST de Carlos Lamarca. 26/11/2012



7 - Apocalipse ambiental com Araci Cachoeira na XVI Romaria das águas e da terra de Minas - 10/06/2102




[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, Itália; assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas; prof. de “Movimentos Sociais Populares e Direitos Humanos” no IDH, em Belo Horizonte, MG. E-mail: gilvanderlm@gmail.com – www.gilvander.org.br – www.freigilvander.blogspot.com.br      –       www.twitter.com/gilvanderluis        –     Facebook: Gilvander Moreira III
[2] Gratidão à Carmem Imaculada de Brito, doutora em Sociologia Política pela UENF, que fez a revisão deste texto.


sábado, 20 de junho de 2020

Bial com Padre Júlio Lancellotti e Adriano: A importância do Papa Francisco/Como ajudar os moradores de rua (3ª Parte)

Bial com Padre Júlio Lancellotti e Adriano: A importância do Papa Francisco/Como ajudar os moradores de rua (3ª Parte)


Pedro Bial conversa com Padre Júlio Lancellotti e Adriano Casado: A importância do Papa Francisco e como ajudar os moradores de rua (3ª Parte) - Programa "Conversa com Bial" - Rede Globo - 17/6/2020 *Vídeo original: https://globoplay.globo.com/v/8634149/programa/

Padre Júlio Lancellotti

*Divulgação: Frei Gilvander, da CPT, das CEBs, do CEBI, do SAB e da assessoria de Movimentos Populares. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG.
*Inscreva-se no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos. #FreiGilvander #NaLutaPorDireitos #PalavrasDeFéComFreiGilvander #PalavraÉticaComFreiGilvanderMoreira

Padre Júlio Lancellotti e Adriano com Bial (2ª Parte): Moradores de rua - Convivência com a sociedade, agressões


Padre Júlio Lancellotti e Adriano com Bial (2ª Parte): Moradores de rua - Convivência com a sociedade, agressões – 17/6/2020



Padre Júlio Lancellotti e Adriano Casado conversam com Pedro Bial - 2ª Parte: pessoas em situação de rua - Convivência com a sociedade, agressões... , na TV Globo, 17/6/2020.

Adriano Casado, irmão em situação de rua em São Paulo, amigo do padre Júlio Lancellotti.

*Divulgação: Frei Gilvander, da CPT, das CEBs, do CEBI, do SAB e da assessoria de Movimentos Populares. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG.
*Inscreva-se no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos. #FreiGilvander #NaLutaPorDireitos #PalavrasDeFéComFreiGilvander #PalavraÉticaComFreiGilvanderMoreira

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Coronavírus: "Fique em Casa!" E quem não tem casa? Conversa com Bial / Padre Júlio Lancellotti / Adriano – 1ª parte

Coronavírus: "Fique em Casa!" E quem não tem casa? Conversa com Bial / Padre Júlio Lancellotti / Adriano – 1ª parte – 17/6/2020.



Coronavírus: Fique em Casa! E quem não tem casa? Pedro Bial conversa com Padre Júlio Lancellotti e o morador de rua, Adriano Casado, sobre a problemática das milhares de pessoas que estão em situação de rua e suas necessidades durante a pandemia do novo coronavírus e fora dela. Programa Conversa com Bial, Rede Globo, dia 17/6/2020.
(1ª Parte)

Conversa com Bial: padre Júlio Lancelloti e Adriano Casado, 17/6/2020.

Vídeo original https://globoplay.globo.com/v/8634149/programa/ *Divulgação: Frei Gilvander, da CPT, das CEBs, do CEBI, do SAB e da assessoria de Movimentos Populares.
Edição de Nádia Oliveira, colaborada CPT-MG.
*Inscreva-se no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos. #FreiGilvander #NaLutaPorDireitos #PalavrasDeFéComFreiGilvander #PalavraÉticaComFreiGilvanderMoreira

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Inibir lutas necessárias é erro político grave - Por frei Gilvander (Vídeo)

Inibir lutas necessárias é erro político grave - Por frei Gilvander - 17/6/2020.



 *Texto e filmagem: Frei Gilvander, da CPT, das CEBs, do CEBI, do SAB e da assessoria de Movimentos Populares.


Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG.
*Inscreva-se no You Tube, no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander, acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar, compartilhe. Sugerimos. #FreiGilvander #NaLutaPorDireitos #PalavrasDeFéComFreiGilvander #PalavraÉticaComFreiGilvanderMoreira

terça-feira, 16 de junho de 2020

Que fazer diante do agravamento da pandemia? Por Frei Gilvander


Que fazer diante do agravamento da pandemia?
Por Gilvander Moreira[1]



“Que fazer?” Pergunta imprescindível em momentos de sufoco, de apuros; pergunta que as multidões, publicanos e soldados fizeram ao profeta João Batista enquanto ele participava de um grande movimento popular e religioso de luta pela superação das desigualdades sociais, econômicas e políticas. “Que fazer?” Título de livro de Wladimir Lenin, de 1902. Que fazer em nível pessoal, familiar, comunitário, social e político diante da escalada em progressão geométrica da pandemia do novo coronavírus, que no mundo já ceifou a vida de mais de 432 mil pessoas; no Brasil, mais de 44 mil mortos? A primeira coisa é buscar as melhores informações e análises que estejam em sintonia com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Autoridades sanitárias e epidemiologistas idôneos nos informam que o Brasil está tendo o mais ineficaz e ineficiente combate à pandemia. Até mesmo o antipresidente dos Estados Unidos, Trump, já disse que se os Estados Unidos estivessem seguindo a forma irresponsável, criminosa e genocida que o desgoverno federal brasileiro tem adotado, já teriam lá mais de 2 milhões de mortos. Nas entrelinhas, observando a diferença de população, Trump alertou que no Brasil o número de mortos poderá ultrapassar 1 milhão. Pesquisas mostram que aqui a letalidade está sendo uma das maiores do mundo: de 5,3 a 10% de quem contrai o coronavírus está morrendo. Isso mostra que o número de mortos no Brasil poderá, lamentavelmente, chegar a 1,5 milhão de mortos, conforme já alertado por pesquisas científicas. Criminosa também é a política de grande subnotificação e a baixíssima política de testagem via métodos sérios. Pesquisas indicam que o número de mortos e de contaminados pode ser 5 ou 6 vezes maiores. “Multiplique por 5 ou 6 os números oficiais”, alertam epidemiologistas.
Já está demonstrado em muitos países que manter o distanciamento físico e o isolamento social são posturas necessárias e vitais, porque sem vacina ou medicação que salve as pessoas contaminadas pelo coronavírus, o “remédio” para evitar contrair a COVID-19 é interrompermos o contágio comunitário. Não podemos aceitar a mentira posta pelos grandes empresários e pelo antipresidente: salvar vidas ou salvar a economia. Esta é uma falsa polarização. A melhor economia é aquela que salva vidas e essa deve ser a prioridade política absoluta.
Atenção quem, movido por crenças religiosas intimistas, mágicas e dualistas, diz assim: “Deus está no comando”, “Jesus me protege” e similares! Quem acredita que “só Deus” e “só Jesus” nos livrará da COVID-19 e, por esse tipo de fé, não leva a sério as medidas de precaução, morrerá por ignorância religiosa e disseminará o vírus e levará à morte de muita gente, sem perceber que o modelo econômico que violenta a vida da classe trabalhadora é idolátrico e satânico. Enfim, o (neo)pentecostalismo com suas mediocridades religiosas poderá aumentar em muito o número de mortes durante a pandemia.
Pessoalmente, na família e nas relações comunitárias e sociais, que fazer?[2] Manter a quarentena com distanciamento físico de pelo menos 2 metros entre as pessoas; não cumprimentar ninguém pegando na mão (não abraçar e nem beijar); lavar as mãos com frequência e corretamente, com água e sabão, cuja eficiência é maior, e, na impossibilidade de lavar com água e sabão várias vezes ao dia, usar álcool em gel; na impossibilidade destas últimas medidas, pelo menos higienizar as mãos com álcool comum; evitar levar as mãos ao rosto; manter-se hidratado e alimentar-se bem para elevar a imunidade e a resistência corporal; ficar em casa, só sair de casa em caso de extrema necessidade; ao chegar de viagem de qualquer lugar, ficar isolado em casa durante sete dias; ao chegar de viagem de lugar epidêmico, ficar isolado em casa durante 14 dias; cuidado especial com as pessoas idosas que devem ficar em casa para não se exporem à contaminação pelo coronavírus. Nada de visitas dos netos que estão sem aulas ou de familiares. Idosos devem evitar cuidar de crianças. Nesse tempo, a comunicação com os idosos deve ser feita por telefone, celular ou de forma virtual. Os idosos devem manter a casa arejada; pessoas com câncer, HIV, diabete, tuberculose, doenças cardíacas e outras doenças devem se proteger ainda mais; não participar de reuniões, nem de encontros, nem de seminários, de nenhuma aglomeração de pessoas; manter a suspensão da celebração de missas e cultos, o que é correto e necessário.
Além das cautelas de evitar o contágio a partir do externo a nós, precisamos fortalecer nossas forças e energias internas. É hora de ouvirmos profissionais da nutrição, da medicina naturista e místicos, que dizem: alimentar-se bem evitando produtos transgênicos, envenenados por agrotóxicos ou enlatados; alimentar-se com alimentos saudáveis vindos da agricultura familiar com agroecologia; orar pelo menos 30 minutos por dia; meditar todos os dias, ler ou ouvir poesias e músicas inspiradoras; fazer exercícios físicos e trabalhos manuais; evitar o sedentarismo; exercer cotidianamente a solidariedade. Isso e muito mais para elevar a própria imunidade, reforçando nossas forças e energias vitais.
Politicamente, todo o povo precisa lutar de mil formas para que o Estado, nos seus vários níveis e passando pelos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), governe implementando políticas públicas que garantam o bem estar de toda a população. As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e os Movimentos Sociais Populares[3] já apresentaram aos governos centenas de propostas justas e sensatas para enfrentarmos a noite escura da pandemia do novo coronavírus, aí se incluindo a medida imprescindível: Fora, Bolsonaro e todo o desgoverno federal, que tem sido genocida e fomentador da escalada de mortes no meio do povo. A estarrecedora reunião ministerial de 22 de abril de 2020 demonstrou a podridão do desgoverno federal. Não bastam migalhas, como 600 reais de auxílio emergencial. É preciso renda mínima justa para todas as pessoas e famílias. É preciso revogar a Emenda Constitucional 95 (PEC 95) que congelou por 20 anos os investimentos em saúde e educação. Não podemos mais tolerar a não realização de Auditória Cidadã da Dívida pública – prescrita pela Constituição de 1988.  É fundamental que o Governo pare de pagar 1 trilhão de reais por ano (quase 50% do orçamento) para banqueiros em juros e amortização dessa famigerada dívida pública. Quantos hospitais poderiam ser construídos com esse dinheiro? Quantos profissionais de saúde poderiam ser contratados? Como seria a expansão do coronavírus se esses recursos fossem investidos em prevenção? Continuar a sangria de recursos públicos para os banqueiros significa continuar matando de muitas formas o povo por meio de uma política genocida.
A Argentina está dando de 10 a 0 no Brasil no enfrentamento à pandemia. Vivendo há mais de três meses na Argentina, Julieta Amaral nos informa: “Na Argentina, desde o início da pandemia do novo coronavírus, houve um esforço conjunto, independente de posições políticas, para enfrentar a pandemia. A defesa da vida em primeiro lugar foi o caminho escolhido, mesmo com a preocupação com a economia que aqui é mais precária que a do Brasil, sobretudo por causa da monumental dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) contraída pelo desgoverno Macri. Antes da chegada da pandemia, o povo argentino estava divido politicamente, mas se uniu para salvar as vidas e a economia. O presidente Alberto Fernández, em coletiva de imprensa, sempre informa a situação, comunica decisões e anima o povo a continuar a luta contra o coronavírus a partir do esforço de todos. Na televisão, o presidente aparece sempre acompanhado de diferentes lideranças, do governo e da oposição, na busca de melhores caminhos de salvação da vida do povo argentino, especialmente dos mais vulneráveis. Em sua maioria, as posições, são consensuais e contam sempre com o assessoramento técnico nas várias áreas: saúde, educação, economia, desenvolvimento social etc. O Presidente é excelente mediador, equilibrado, sensato, humano e preocupado também com o futuro econômico do país.  
Os seguintes itens foram consensuados e estão sendo implementados na Argentina: 1) Quarentena obrigatória, vigiada e com punição educativa dos irresponsáveis que não a cumprem (O isolamento imposto tem sido extenso e rigoroso; há mais ou menos um mês  que começaram os protocolos provinciais e locais para afrouxamento do isolamento ‘social’, particularmente onde há poucos ou nenhum caso de contágio. Na região de Buenos Aires e de algumas outras províncias/estados, continuam as regras rígidas do início; 2) Cuidado especial com as pessoas idosas; 3) Manutenção  dos serviços essenciais  com todos os cuidados necessários para evitar contágio (a população  se envolve para denunciar abusos e supervisionar as entradas das cidades); 4) O governo proibiu demissões, liberou um salário mínimo para as famílias comprovadamente em situação  precária, facilitou empréstimos  para empresas pagarem  salários e não demitirem os trabalhadores, possibilitou  atraso nas contas de serviços básicos como  água,  energia e gás para famílias de baixa renda,  proibiu aumento   dos alugueis e  supervisiona os preços nos supermercados e comércio em geral.
Até o dia 15 de junho de 2020, na Argentina foram contabilizadas 842 vítimas fatais pela COVID-19 e 31.577 casos positivos em todo o país, sendo que 88% estão na capital e região metropolitana. O resultado tem sido a relativa tranquilidade da população, a manutenção da curva de contágio pelo coronavírus sem ascensão brusca, o  não  colapso do sistema de saúde e o reconhecimento da posição sábia do governo, apesar dos conflitos que não deixam de existir e da preocupação com empregos e com a retomada das atividades econômicas em geral.”
Que aprendamos com o governo argentino e com seu povo antes que tenhamos que chorar a morte de 1,5 milhão de pessoas no nosso querido Brasil. E quem sobreviver  a esta noite escura de pandemias sanitária, política, econômica, ambiental, racista, homofóbica... que se prepare para não voltar à “normalidade de antes” que foi exatamente a que nos impôs a dura realidade que hoje vivemos. A humanidade só terá futuro se conseguir se libertar de todas as seduções do sistema de morte que é o capitalismo e aprender a viver de forma simples e austera em harmonia com todos os seres vivos e com a natureza, como vivem os nossos parentes indígenas, quilombolas e o campesinato[4].

16/6/2020.

Obs.: Os vídeos nos links, abaixo, ilustram o assunto tratado acima.
1-    1º de Maio e as Pandemias do Coronavírus e Política: Luta pela Vida, por frei Gilvander - 30/4/2020

2 - Frei Gilvander: "O que a quarentena nos ensina?" - Na luta por direitos - 2a Parte - 24/4/2020

3 - Frei Gilvander: Sem Quarentena, quem vai morrer? - 1ª Parte/Na luta por direitos - 23/4/2020

4 - Homem invade ato pacífico no RJ por mortes pela Covid-19 e derruba cruzes/Fantástico/Globo/14/6/2020

5 - Argentina dá de 10 a 0 no Brasil no enfrentamento à pandemia: Julieta Amaral e Frei Gilvander

6 - Em 2 meses, Carmem fez e doou 1.320 máscaras para evitar o novo coronavírus. Mãos à obra pela vida

7 - OMS atualiza orientações sobre o uso de máscaras - Jornal Nacional - 05/6/2020




[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, Itália; assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas; prof. de “Movimentos Sociais Populares e Direitos Humanos” no IDH, em Belo Horizonte, MG. E-mail: gilvanderlm@gmail.com – www.gilvander.org.br – www.freigilvander.blogspot.com.br      –       www.twitter.com/gilvanderluis        –     Facebook: Gilvander Moreira III
[4] Gratidão à Carmem Imaculada de Brito, doutora em Sociologia Política pela UENF, que fez a revisão deste texto.