domingo, 11 de novembro de 2018

Barragem de Itaipu, no Paraná: Violência contra indígenas, passado e pr...







Barragem
de Itaipu, no oeste do Paraná: Violência contra povos indígenas guarani no
passado e no presente. 2ª Parte - 16/10/2018.

A maior hidrelétrica do
mundo em termos de geração de energia, Itaipu, localizada no rio Paraná, entre
o Brasil e o Paraguai, com 36 anos de funcionamento, apesar da imensa riqueza
gerada nessas três décadas, foi incapaz, até hoje, de saldar a dívida que gerou
com a remoção de 47 comunidades indígenas dos Povos Guarani para a formação de
uma imensa barragem, lago artificial. a hidrelétrica e barragem de Itaipu tem
um nome em língua guarani que significa “pedra que canta”, e foi construída em
pleno território indígena, em lugar onde, há séculos, os cronistas e
historiadores registram a presença de grupos guarani. Estima-se que quase 100
comunidades guarani – falantes dos dialetos nhandeva (conhecidos como
Avá-Guarani) e mbya – sofreram o impacto da instalação da usina, e a imensa
maioria delas até hoje não recebeu compensação adequada pelos territórios
tradicionais que perderam: mais de 80 mil hectares, só do lado brasileiro,
segundo cálculos de estudiosos. E esse fato se agrava ainda mais: além de não
terem cumprido com suas obrigações legais pelo alagamento do território
indígena, a empresa continua desrespeitando os direitos dos Povos Indígenas
Guarani e, mais que isso, persegue, humilha, ameaça, violenta, negando-lhes,
sobretudo, o direito ao território que lhes pertence por legítimo direito. Com
sua população significativamente diminuída, de 6 mil para 1800 parentes, os indígenas
guarani seguem em resistência na luta por seus direitos, apesar da grande
dificuldade de sobrevivência, uma vez que lhes são negados o direito ao
trabalho, o acesso às políticas públicas, entre outros direitos fundamentais.
Esse vídeo registra a segunda parte do depoimento/denúncia de Júlia Navarro,
Assessora Jurídica da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), llson Soares, Cacique da
Aldeia Tekoha Y'Hovy, em Guaíra/PR e de Oscar Benitez, Cacique Ava Guarani , de
Itaipulândia/PR, que participaram da reunião da Comissão Nacional de Defesa dos
Defensores de Direitos Humanos e enfrentamento à Criminalização dos Movimentos
Sociais, em Brasília/DF, no dia 16/10/2018 e denunciaram a situação de
injustiça, violência e opressão sofridas pelas aldeias dos Povos Indígenas
Guarani, na região oeste do Paraná, praticadas e/ou motivadas por
latifundiários do agronegócio da região e por grupos ligados à Itaipu.
*Reportagem em vídeo de frei
Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira,
colaboradora da CPT-MG. Brasília/DF, 16/10/2018.
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