APAC
de Lagoa da Prata, MG: Organização, Disciplina, Humanização, Ressocialização -
Vídeo 2 - 12/9/2018.
Por ocasião da realização das missões da XXI
Romaria das Águas e da Terra do Estado de Minas Gerais, em Lagoa da Prata,
Diocese de Luz, MG, em 2018, frei Gilvander Moreira visitou a APAC – Associação
de Proteção e Assistência ao Condenado (e à sua família e às vítimas e/ou suas
famílias), que há 11 anos foi implantada na cidade. O objetivo da APAC é
promover a humanização dos condenados que devem cumprir penas nas prisões, sem
perder de vista a finalidade punitiva da pena. Seu propósito é evitar a
reincidência no crime e oferecer alternativas para o condenado se recuperar e
se ressocializar após o cumprimento da pena. O trabalho da APAC dispõe de um
método de valorização humana, vinculada à espiritualidade, para oferecer ao
condenado condições de recuperar-se, buscando em perspectiva mais ampla, a
proteção da sociedade, o socorro às vítimas e a promoção da justiça
restaurativa. Na APAC os presos são chamados de recuperandos e são
corresponsáveis por sua recuperação. A presença de voluntários é fundamental
oferecendo aos recuperandos a assistência espiritual, médica, psicológica e
jurídica. Na APAC, os recuperandos são tratados com respeito. Com uma
disciplina necessária, a APAC conta com um conselho formado por recuperandos
que contribui decisivamente para a ordem, o respeito e o seguimento das normas
e regras. Para isso, contam com o suporte de voluntários/as e funcionários/as,
sem o concurso de policiais ou agentes penitenciários. A APAC conta com uma
rotina diária que inicia às 6 horas da manhã e termina às 10 horas da noite.
Durante o dia todos trabalham, estudam e se profissionalizam, evitando a todo
custo a ociosidade. Na APAC as famílias são respeitadas e coparticipes da
recuperação. Por meio de encontros formativos, celebrações e visitas aos lares,
a APAC tenta, a todo custo, reatar os laços entre recuperandos e seus entes. A
APAC recupera também a família de quem cumpre pena. Na APAC, a espiritualidade
é ecumênica. Cada recuperando é incentivado a assumir a fé que professa, de
forma que possa fazer um encontro profundo com o Deus da Vida. O respeito à
religião do outro é fundamental e orienta a espiritualidade apaqueana. Enfim,
na APAC o cumprimento de pena é individualizado. Por isso as APACs são pequenas
unidades, construídas nas próprias comunidades onde os recuperandos cumprem sua
pena. São unidades idealizadas para receber no máximo 200 recuperandos. Um
presídio que aplica a metodologia APAC é infinitamente mais vantajoso para o
Estado, visto que um preso na APAC custa um terço do valor gasto no sistema
prisional comum. Além disso, a construção de uma APAC é muito mais barata que a
construção de um presídio grande que, quando superlotado, violenta os direitos
humanos dos presos. Os resultados positivos tais como baixo índice de
reincidência, baixo custo, ausência de violência e rebeliões e poucas fugas têm
contribuído para que a metodologia APAC seja conhecida e aplicada. Nesse vídeo,
a 2ª parte da reportagem em vídeo que frei Gilvander fez em sua visita à APAC
de Lagoa da Prata, no centro-oeste de Minas Gerais.
Foto: Divulgação / Rede virtual |
*Reportagem em vídeo de frei
Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira,
colaboradora da CPT-MG. Lagoa da Prata, 12 de setembro de 2018.
*Inscreva-se no You Tube, no
Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander,
acione o sininho, receba as notificações de envio de vídeos e assista a
diversos vídeos de luta por direitos sociais. Se assistir e gostar,
compartilhe. Sugerimos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário