"Vale comete
crime e nós é que pagamos?" Ponte das Almorreimas, Brumadinho, MG. Vídeo 2
- 26/12/2019.
Dia
26/12/2019, visitamos a Comunidade rural de Ponte das Almorreimas, em
Brumadinho, MG, onde a mineradora Vale está sacrificando mais uma comunidade e
um território. Com decreto de desapropriação do governador Romeu Zema e, sob
ordem do judiciário para a Vale construir uma nova captação de água para a
COPASA, a comunidade de Ponte das Almorreimas se tornou mais uma zona de
sacrifício da mineradora Vale. A desculpa é porque a captação de água no rio
Paraopeba que o Governo de MG e COPASA tinham inaugurado em 2015, com promessa
de garantir segurança hídrica para Belo Horizonte e Região Metropolitana (RMBH)
por 25 anos, foi inviabilizada pelo crime/tragédia da Vale e do Estado a partir
de Brumadinho, dia 25/91/2019, às 12h28, com a contaminação do rio Paraopeba
com lama tóxica. O rio Paraopeba era responsável por 50% do abastecimento de BH
e RMBH. A Vale foi obrigada judicialmente a construir uma nova captação de água
ao lado do rio Paraopeba pouco acima de Córrego do Feijão, onde barragem de
rejeitos minerários estourou. O território escolhido para ser sacrificado foi
Ponte das Almorreimas, que era um paraíso terrestre com bioma de Mata Atlântica
e uma comunidade com mais de 200 famílias que viviam produzindo sob o regime de
agricultura familiar. É o crime/tragédia da Vale e do Estado gerando outros
crimes. As famílias de Ponte das Almorreimas estão indignadas e sofrendo muito.
Muitos direitos estão sendo violadas em Ponte das Almorreimas. Assista no vídeo
2 aqui as denúncias que Cláudia Saraiva, da Comunidade de Ponte das
Almorreimas, faz com veemência.
Videorreportagem
de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI.
Filmagem
e Edição: frei Gilvander. Brumadinho, MG, 26/12/2019.
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