Entenda o gravíssimo
Conflito fundiário e social que envolve milhares de famílias das Ocupações da
Izidora, em Belo Horizonte e Santa Luzia, MG.
Por
frei Gilvander Moreira.
Contratualmente,
é
preciso considerar que ofício da Caixa Econômica Federal ao Ministério Público
Federal, de 14/08/2014 informa que: em 27 de dezembro de 2013, foi assinado
Contrato de compra e venda de terreno de 500.294,23 m2 (pouco mais de 50
hectares) da Granja Werneck S.A para construir empreendimento imobiliário
denominado Granja Werneck. Construtora do empreendimento: Belo Cruz
Empreendimentos Imobiliários Ltda. Comprador: Fundo de Arrendamento Residencial
– FAR. Intervenientes/garantidores: Direcional Participações Ltda e Direcional
Engenharia S.A. Produção de 8.896 apartamentos de 43,70 metros quadrados
apenas, na Fase 1. Segundo a cláusula 16ª – Condições Suspensivas – “O
referido contrato encontra-se com todos os seus efeitos suspensos até o
cumprimento integral de todas as condições estabelecidas, que serão
consideradas cumpridas com a manifestação expressa da CAIXA reconhecendo o seu
cumprimento.” A Caixa Econômica Federal, em outro Ofício de 25/08/2014,
endereçado ao prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), diz: “As
informações que nos foram repassadas até então era a de que uma possível
realocação de moradores da área destinada ao empreendimento Granja Werneck, que
o município deseja construir, era inferior a 160 famílias e que mesmo para
essas o município estava negociando alternativas para uma desocupação pacífica.
Com o objetivo de permitir que se pudesse ter uma finalização da negociação
dessas menos de 160 famílias, foi demandado à CAIXA um prazo de até 31 de
agosto de 2014. Diante do exposto, estamos prorrogando por prazo
indeterminado e até o esclarecimento total dos fatos e regularização de todas
as pendências nos sejam repassadas formalmente. A CAIXA esclarece que não
tem qualquer objeção, inclusive em relação ao cancelamento do Contrato.” Portanto, a Prefeitura de Belo
Horizonte (PBH), MG, mentiu à Caixa Econômica ao dizer que tinha abaixo de 160
famílias ocupando a área das Ocupações Vitória e Esperança. Desde o início das
Ocupações em julho de 2013, as coordenações e os movimentos sociais estão
afirmando que nas três ocupações da Izidora estima-se que existam 8 mil
famílias. A Caixa é proibida por lei de assinar contrato para construir
moradias em áreas ocupadas. E pelo afirmado, acima, O CONTRATO DA CAIXA COM AS EMPRESAS CONTINUA SUSPENSO e prorrogado por tempo indeterminado. A PBH também mentiu ao dizer à CAIXA que
estava negociando alternativas para uma desocupação pacífica. A Prefeitura de
Belo Horizonte nunca negociou para encontrar alternativa justa e pacífica, mas
somente pressionou para que acontecesse despejo forçado, o que é injusto.
gilvanderlm@gmail.com
www.gilvander.org.br
www.freigilvander.blogspot.com.br
facebook: Gilvander Moreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário