Famílias sem-terra ocuparam Terras
Devolutas em Rio Pardo de Minas, no Norte de Minas Gerais.
Dia 18/02/2017, trinta famílias no
município de Rio Pardo de Minas ocuparam a fazenda Santa Bárbara que vem sendo
degradada pela empresa monocultora Replasa, que se diz proprietária, no
entanto, pertence as terras são devolutas/públicas e pertencem ao Estado de
Minas, melhor dizendo ao povo. A grilagem de terras no Norte de Minas Gerais acontece
há pelo menos quatro décadas e vem se concretizando através de centenas de
fraudes e da expulsão de milhares de famílias camponesas que dependem da terra
para nela produzirem.
A cobiça nas terras do Estado no
norte de MG cresce cada vez mais com a intensa investida de grandes projetos
como a monocultura de eucalipto e a mineração. A região foi alvo de
investigação denominada “Operação Grilo” no ano de 2011 em que derrubou o
secretário de Estado de Regularização Fundiária, Manoel Costa. A história da
região é recheada desse tipo de crime e infelizmente não houve desfecho que
favorecesse ao povo da região que ainda é vitima dessas injustiças e grilagens.
As famílias que ocupam a fazenda
Santa Bárbara reivindicam que a história tenha um desfecho diferente e que
neste caso o capital não sobressaia sobre as necessidades do povo e que a
justiça agrária, após décadas de usurpação e exploração seja feita. Que o
Estado de Minas Gerais cumpra seu papel e resgate as terras que estão nas mãos
das grandes empresas e as entregue a quem de fato constrói esse país: as
famílias camponesas.
Nota da CPT do Norte de MG.
Montes Claros, MG, Brasil,
21/02/2017.
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