quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Estado de MG a serviço das mineradoras/Prof. Dr. Klemens/UFMG/Vídeo 1 - ...







Arbitrariedade
e estratégias do Estado de MG e aliados favorecem mineradoras nos
licenciamentos e colocam em risco a vida. Entrevista com o prof. Dr. Klemens
Laschefski, da UFMG. Vídeo 1 – 26/1/2019.

 Descaso, irresponsabilidade, desrespeito e
submissão às mineradoras marcaram a reunião do Conselho de Política Ambiental
(Copam), da Secretaria de Meio Ambiente e Política Sustentável (Semad) de
Minas, em 11 de dezembro de 2018. Entre os projetos apresentados para o
licenciamento estava a ampliação da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho,
MG, cujas barragens se romperam no dia 25 de janeiro de 2019, às 12h28, ficando
registrado como um dos maiores crimes e um dos maiores acidentes de trabalho da
história da humanidade. A maioria dos conselheiros, convenientemente
indiferentes à gravidade do que era discutido na reunião, simplesmente ali
estava para dar o seu SIM aos interesses das mineradoras e aos interesses
escusos do Estado. Com 8 votos a 1, a licença da mina do Córrego do Feijão,
assim como as outras, foi aprovada. Entre os conselheiros e conselheiras, o
único voto contrário à licença foi de Maria Teresa Corujo, a Teca, que
justificou o seu voto com eloquente pronunciamento, questionando a falta de um
estudo mais aprofundado para a concessão das licenças, num verdadeiro clamor
para que se fizesse uma análise rigorosa, com mais tempo em relação aos riscos
socioambientais implicados nessa permissão, O representante do Ibama que, junto
com o representante do CEFET, optou pela abstenção do voto, alertou na reunião
que a barragem da mina do Córrego do Feijão não oferecia risco zero e qualquer
negligência ou descuido poderia provocar o rompimento. Foram vencidos pela
maioria que escolheu atender aos interesses do “deus mercado”, do capital,
tornando-se, portanto, cúmplices desse crime hediondo da VALE e do Estado, que
trouxe morte e devastação, cujas consequências gravíssimas em todo o
ecossistema massacrado são imensuráveis. Em entrevista a frei Gilvander, da
CPT, o geógrafo, professor Dr. Klemens Laschefski, do GESTA (Grupo de Estudos
em Temáticas Ambientais) da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), que
acompanhou o trâmite do processo no Copam para assessorar famílias da região
que faziam reivindicações por mais segurança, expõe sua avaliação da reunião.
Para ele, houve negligência na análise do processo, “malabarismos” burocráticos
para acelerar a concessão do licenciamento, além de total desrespeito com as
questões socioambientais, com a vida para atender exclusivamente aos interesses
econômicos, aos interesses do mercado, à fúria gananciosa das mineradoras,
apoiadas, descaradamente pelo Estado.

Aqui, o vídeo 1, gravado por
frei Gilvander, da CPT, das CEBs e do CEBI, com registro da primeira parte
dessa entrevista. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Belo
Horizonte, MG, 26/1/2019.

* Inscreva-se no You Tube,
no Canal Frei Gilvander Luta pela Terra e por Direitos, no link: https://www.youtube.com/user/fgilvander,
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